O Modernismo é um conjunto de movimentos culturais, escolas e estilos que permearam as artes e o design da primeira metade do século XX. O movimento modernista baseou-se na ideia de que as formas tradicionais das artes plásticas, literatura, design, organização social e da vida cotidiana tornaram-se ultrapassadas, e que se fazia fundamental deixá-las de lado e criar no lugar uma nova cultura. Em essência, o movimento moderno argumentava que as novas realidades do século XX eram permanentes e eminentes, e que as pessoas deveriam se adaptar a suas visões de mundo a fim de aceitar que o que era novo era também bom e belo.
A marca das mudanças que ocorriam pode ser encontrada na forma como tantas ciências e artes são descritas em suas formas anteriores ao século XX pelo rótulo "clássico", incluindo a física clássica, a economia clássica e o ballet clássico.
No Brasil, os principais artifícios do movimento modernista não se opunham à toda realização artística anterior a deles. A grande batalha se colocava contra ao passadismo, ou seja, tudo aquilo que impedisse a criação livre. Pode-se, assim, dizer que a proposta modernista era de uma ruptura estética quase completa com o engrossamento da arte encontrado nas escolas anteriores e de uma ampliação dos horizontes dessa arte antes delimitada pelos padrões académicos. Em paralelo à ruptura, não se pode negar o desejo dos escritores em conhecer e explorar o passado como fonte de criação, não como norma para se criar.
O advento do modernismo ocorreu entre 1890 e 1910, em princípio, o movimento pode ser descrito genericamente como uma rejeição da tradição e uma tendência a encarar problemas sob uma nova perspectiva baseada em ideias e técnicas atuais. Na literatura, o movimento simbolista teria uma grande influência no desenvolvimento do Modernismo, devido ao seu foco na sensação. Filosoficamente, a quebra com a tradição por Nietzsche e Freud provê um embasamento chave do movimento que estaria por vir: começar de novo princípios primários, abandonando as definições e sistemas prévios.
Nos primeiros quinze anos do século XX, uma série de escritores, pensadores e artistas fizeram a ruptura com os meios tradicionais de se organizar a literatura, a pintura, a música - novamente, em paralelo às mudanças nos métodos organizacionais de outros campos. O argumento era o de que se a natureza da realidade mesma estava em questão, e as suas restrições, as atividades humanas até então comuns estavam mudando, então a arte também deveria mudar.
Alguns marcos são as músicas de Arnold Schoenberg e o advento do Cubismo através do trabalho de Picasso e Georges Braque em 1908, além do Expressionismo inspirado em Van Gogh e do Futurismo.
No Brasil a semana de Arte Moderna, realizada em São Paulo, em 1922 foi o ponto de partida do modernismo no Brasil. Participaram da Semana nomes consagrados como Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Anita Malfatti, Heitor Villa-Lobos, Tácito de Almeida, Di Cavalcanti entre outros. Na ocasião da Semana de Arte Moderna, Tarsila do Amaral, considerada um dos grandes pilares do modernismo brasileiro, se achava em Paris e, por esse motivo, não participou do evento.
Versão Light:
Menu Simplificado para Celular
Top 100:
Páginas mais acessadas nos últimos 30 dias.
By Sanderlei Silveira
© 2023 - Sanderlei Silveira. Todos os Direitos Reservados. | Política de Privacidade