A maioria dos reinos bárbaros formados a partir da destruição do Império Romano do Ocidente teve vida curta. Saxões, visigodos e outros povos não resistiram às pressões externas e acabaram dominados ou destruídos. Apenas os francos conseguiram se estruturar e fincar raízes na Gália. Depois expandiram seus domínios sobre territórios que hoje correspondem à França, Alemanha, Bélgica, Itália e mais oito países da Europa.
O primeiro rei dos francos a unir totalmente a nação bárbara foi Clóvis que reinou entre 482 e 511, ele promoveu expansões do domínio franco e converteu-se ao catolicismo, trazendo a Igreja Católica como uma grande aliada ao seu reino. Durante muito tempo a Igreja e os nobres receberam terras como recompensa da aprovação religiosa e apoio militar.
Após Clóvis vieram vários reis, mas não conseguiram manter o reino unido, assim, a partir de 639, a dinastia entrou em crise e o trono passou a ser ocupado por um grupo de funcionários da corte conhecidos como “prefeito do palácio”. Um desses prefeitos do palácio foi Carlos Martel, que foi o mais conhecido, governou de 714 a 741 conquistando prestígio e poder por vários motivos, mas o maior foi que ele impediu o avanço dos árabes sobre a Europa na Batalha Poitiers, em 732.
Após sua morte, seu filho Pepino, o Breve herdou seus poderes políticos. Apoiado pela Igreja ele lutou contra os lombardos, que era o povo que ameaçava o poder da Igreja católica. Nesta batalha ele conquistou os territórios da Península Itálica, onde doou a Igreja, que se tornou o Estado da Igreja Católica.
Carlos Magno sucedeu seu pai Pepino, após sua morte, e governou os Francos de 768 a 814. Ele fez com que os lombardos e saxões se convertessem ao cristianismo, assim ele ganhou prestígio e poder no mundo cristão. Em 800 o papa Leão III nomeou Carlos Magno imperador do Novo Império Romano do Ocidente. Também foi Carlos Magno o responsável pelo renascimento das artes, religião e cultura por meio da Igreja Católica. Para conseguir administrar todo o império Carlos Magno dividiu o império em condados, ducados e marcas e também criou as primeiras leis escritas da Idade Média. Após sua morte seu filho Luís I, o Piedoso, assumiu o poder, e reinou de 814 a 840. Com a morte de Luís I seus três filhos disputaram o poder, mas só em 843 eles assinaram um tratado, o Tratado de Verdun, onde todo o território foi dividido entre si. Essa divisão influenciou a criação de vários estados europeus como França, Alemanha e Itália.
Com o enfraquecimento dos sucessores de Carlos Magno a partir do século IX até o século XII, uma nova organização social, política e econômica se firmava com o nome de feudalismo que favoreceu o fortalecimento da igreja nos campos religiosos, econômicos e políticos da época e o aparecimento da cavalaria e consequentemente as cruzadas.
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By Sanderlei Silveira
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